Ricardo González Rodríguez

Ser escritor es un privilegio de pocos...

Textos

O Guerreiro...O Epílogo. Parte 40.
                         Marcela a minha escriba.
Ele partiu...
Foi buscar novos caminhos.
Havia-me dito que ordenasse tudo.
Que colocasse a limpo o que havíamos escrito.
Eu também precisava de um bom descanso.
Eram tantas coisas.
Não sei quanto tempo de gravação tínhamos.
A dor pela perdida da esposa estava ainda vivo.
Acreditava que fosse isso que impedia que ele encontrasse um novo amor.
Para tentar reconstruir a sua vida.
Eu estava perdidamente apaixonada.
Eu imaginava que podia dar a ele aquilo que ele estava buscando.
Como ele falava os desejos da carne eram sanados.
Mas o amor que ele procurava não.
Quinze dias se passaram quando recebei noticias dele.
Estava em Roma.
Vagabundeando e namorando bastante.
Filho da puta e Eu morrendo de amor por ele. Calhorda! Vai se danar! Chorosa e triste me recolhi e evitei lembrar-me dele.
Não consegui e desesperada cai em prantos.
Voltou dos meses depois.
E notou que Eu havia mudado.
Estava ríspida e grossa.
Tentando entender meu comportamento insistia e insistia.
Ate que não suportando mais e chorando copiosamente, compulsivamente falei...
Você é tão insano, que nunca percebeu meus sentimentos em relação a ti.
Eu sou louca por você.
Daria minha vida... E você me ignora.
Trata-me como se não fosse ninguém.
Ele me olha espantado.
Abraça-me e diz.
Você não imagina quantas vezes quis falar o quanto a amo.
Nunca poderia imaginar que sentisse o mesmo por este velho.
Como poderia saber?
Fugia de ti como o diabo corre da cruz.
E aquilo que tantas vezes quis ouvir foi pronunciado finalmente. Com tanta doçura e meiguice. Ele disse... Amor!
Quantas noites fui dormir pensando em você.
Quantas noites acalentei a esperança de compartilhar contigo amor e paixão.
Sofria pensando que você não me quisesse.
Pensei que meu desejo fosse insano.
Marcela Eu a desejo tanto.
Agora era minha vez de ficar surpresa e estupefata com tudo.
Tantas vezes sonhei em escutar estas palavras e agora ouvindo - la.
Parecia que não era real.
Eu estava em um sonho.
Ele me carrega em seus braços e me leva ate o quarto.
Deposita-me na cama e começa a beijar a minha boca.
Meu delírio se inicia.
Sinto essa boca carnuda nos meus lábios e que tantas vezes sonhei em beijar.
Saboreio o doce néctar que tantas outras degustaram e que agora só eram meus.
Tanta historia escutei que agora queria comprovar e sentir em mim todas essas sensações que tantas outras mulheres sentiram.
Que experimentaram.
Não, no poderia cometer esse engano.
Eu o amava e ele acabara de me confessar que também sentia o mesmo.
No queria nada de ninguém.
Queria seus beijos, suas caricias, seu amor e paixão.
Queria ele para mim.
Olhei para seus olhos e vi nesses olhos o desejo.
Senti dentro do meu corpo...
O sangue ferver pela necessidade louca de pertencer a ele.
Ser dele para sempre.
Senti-me invadida pelas caricias que despertavam vulcões dormidos.
Tanto desejo guardado e contido.
Que me deixe levar pelo amor e o desejo.
Senti suas mãos explorando.
Tocando suavemente.
Leve e delicioso.
Com força e possessivo.
Gemidos e sussurros povoavam o quarto.
Ficamos nus.
Meu corpo tremia de medo, pela expectativa e pelo prazer que tanto tempo havia esperado.
Parei de pensar e comecei a sentir.
Sua boca abocanhando meus seios.
Senti-os sugados...
E um prazer gostoso começou a percorrer a minha espinha.
Parei e acariciei seu rosto.
Erguei-me na ponta dos pés e beije sua boca com paixão e luxuria.
Meu Deus!
Como era apaixonada por esse homem.
Senti minha intimidade úmida e preparada.
Puxei-o e abrindo a perna.
Senti seu membro penetrando.
Buscando meu intimo com fortes estocadas.
Urrando de prazer.
Transformei-me em uma mulher completa ao ser possuída pelo homem que Eu sempre quis.  
E que por tanto tempo havia desejado e esperado.
Quantas vezes consumi seu corpo para meu prazer?
Quantas vezes foram?
Perdi a conta.
Era a paixão que me fazia desvairar.
A paixão havia chegado à minha vida como sempre sonhei.
Ele era meu.
Havia encontrado meu paraíso nos braços do homem que amei desde o primeiro dia quando o conheci.
Meu guerreiro estava comigo.
Estava se aposentando para viver a calma de um amor novo.
Com a força renovada pela felicidade.
Meu contador de sonhos era só meu.
Os livros eram dos leitores.
Ele seria só meu para sempre.
Até que Deus assim o desejasse...

                                EPÍLOGO

A felicidade havia chegado novamente a minha vida.
Depois de vencermos o medo da rejeição.
Encontramos o amor querido e desejado.
Foi uma dura batalha interior.
Que nos levou a lutar contra nós mesmos, para finalmente descobrir...
Que desejávamos a mesma coisa.
Às vezes imaginamos coisas.
O medo nos enquadra e nos torna medrosos.
Lutamos contra o mal que cala no interior de nosso corpo e que nos subjuga. Martirizando-nos de tal forma que criamos nosso inferno interior, que às vezes nos consume e nos suga toda a força que carregamos em nosso interior.  
Bastou uma explosão beirando a loucura, para encontrar aquilo que tanto ansiávamos e queríamos.
Uma explosão que nos levou a descobrir que o amor estava tão perto e por teimosia e por uma estúpida bobagem resistíamos a viver - la.
Nos humanos às vezes somos tão estúpidos e bobos.
A felicidade de voltar a amar.
De desejar loucamente a minha mulher.
Voltaram para minha vida.
Fazendo de mim um homem completo.
E o que era mais importante...
Sentia-me vivo para amar.
De desejar e viver loucuras.
Todas aquelas que por muitos anos me neguei a senti-la e experimenta - la.
Como um guerreiro cansado e exausto por tantas batalhas, me achava no direito de um repouso reconfortante...
Foram muitas lutas.
Meu corpo coberto de cicatrizes.
Estas cicatrizes as levava na alma.
Meu corpo ainda viril e saudável clamava por um aconchego, de um chamego de uma mulher que através do seu amor recuperasse a força da alma e desta forma revigorar o corpo.
Resisti a Marcela.
Pelo medo de ser rejeitado.
Ela tão nova e cheia de expectativas.
Eu um coroa quase no final da vida.
A vida novamente me presenteava com a juventude.
Esperava que minha parceira ficasse comigo ate o final dos meus dias.
Isso a historia contaria.
Ela se encarregaria de contá-la.
O livro foi lançado no inicio do ano.
Em Porto Feliz, na cidade das Monções.
A editora não entendia da escolha de esta pacata cidade do interior.
Os meios de comunicação a colocarão na mídia nacional e internacional.
O livro autobiográfico do contador de sonhos.
Celebridades do cinema e tv compareceram, críticos e jornalistas do Cone Sul e alguns amigos queridos como Juan José, os templários, menos Carlos que havia falecido em um terrível acidente automobilístico.
O pai de Julian que estava beirando os noventa anos, sua irmã e irmão, sobrinhos e suas filhas queridas e tão bem amadas Luna e Maria Sol.
E todos ou a grande maioria de seus alunos do colégio São José, Sagrada Família, Objetivo, Diferencial, Universitário e Fisk.
Todo um espetáculo havia sido programado.
Formada a mesa com as autoridades presentes o grupo de dança flamenca abre o evento.
Já não era Lucia Boscolo Branquinho que comandava o espetáculo.
Agora Ana Clara a filha nos deliciava com essa arte tão peculiar e carismática da cultura hispânica.
Remontava-me há muitos anos atrás.
Quando estando no palco apresentando meu Contador de Sonhos disse estas palavras...
A minha musa inspiradora esta aqui, apoiando meus sonhos.
Um escritor navega por mundos de fantasia.
Buscando através de seus escritos, mundos inimagináveis.
Procurando esse mundo de fantasia...
Preciso de um porto seguro para voltar e recarregar forças.
“E esse porto seguro é minha esposa Angélica”.
Olhei para os lados vi pessoas felizes.
Contentos com meu sucesso.
Foi uma luta guerreira e o Guerreiro finalmente havia conseguido atingir seus sonhos.
E Marcela entendia a minhas palavras.
Seu sorriso me confirmava sua compreensão.
Eu a amava e principalmente ela muito mais...
Ate uma próxima oportunidade quando a fantasia inspire uma historia legal...
Ricardo Sol
Enviado por Ricardo Sol em 02/12/2020
Alterado em 27/12/2021
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