Ricardo González Rodríguez

Ser escritor es un privilegio de pocos...

Textos

O Guerreiro...Parte 39.
                       DEPOIS DA MORTE A SOLIDÃO.
Nada poderia mudar meu estado de animo.
A única maneira de esquecê-la.
Era trazê-la de volta.
Mas isso infelizmente não poderia acontecer.
Mas nesse ano meus leitores foram importantes na minha recuperação. Milhares de cartas chegando.
A minha secretaria e agente as respondia na medida do possível.
Ainda demoraria muito tempo para recuperar-me da dor, da perdida.
Havia perdido o amor da minha vida.
Muitas leitoras comovidas se ofereciam com suas prestes a suprir a falta do grande amor da minha vida.
Quando a perdida é grande ás vezes a dor procura desesperadamente substitui - la. Em estas ocasiões o desesperado é aterrador...
Buscamos companhia que muitas vezes nos leva a cometer erros graves.
Que marca a vida. Dando outro perfil a realização de nosso destino.
Por pouco não cometi esse erro.
Realmente estava comovida pela revelação de seu segredo mais intimo.
Esse capitulo da sua vida ainda estava vivo. Presente...
Tão presente que a ferida ainda estava aberta e machucava.
Tal vez não fisicamente.
Mas na alma, no espírito.
Devia ter extremo cuidado em abordar este tema.
Deixar que ele o fizesse como o fez nesse momento.
Minha vontade era de abraçá-lo, mimá-lo, beijar sua boca, acariciar seu rosto e falar alto que Eu estava ai para atenuar e fazê-lo esquecer.
Esquecer essa dor que tanto o machucava.
Doía-me velo assim desamparado, frágil e com medo de enfrentar a realidade. Para mim já não era nenhuma novidade.
Através de nossos longos encontros entendia a este escritor, que parecia viver cada ação e ser o protagonista de todos os eventos que contava.
Esperava que ele me enxergasse agora.
Não como a escriba.
Mas sim como mulher apaixonada e louca por ele...

                             A ESPERANÇA
Com essas lembranças chegando novamente na minha vida comecei a ver Marcela com outros olhos.
Tanto tempo juntos que não havia reparado que ela era tão meiga e doce.
A sua companhia foi indispensável para mim naqueles dias de dor e solidão.
Ficávamos a margens do rio que corria calma...Em silencio!!!
O rio...Seu caudal e sua força eram calmos e se harmonizavam com as arvores e com o resto da paisagem.
Rendi-me a seus encantos e recuperei minha força.
Novas forças iam tomando conta do meu corpo.
A vida começava a cobrar forças vitais para tentar reconstruir a vida com uma nova visão e esperando que o amanha trouxesse mudanças radicais na minha vida.
Que ficou sem rumo após a morte de Angélica.        
A entrada do novo milênio me trazia novas perspectivas.
As minhas meninas aparentemente estavam acostumándo-se com a ausência da mãe.
Minha sogra como sempre querendo dar palpite na vida da gente.
Isto foi contornado quando as crianças deram um basta nela e no avô.
Nunca soube o que elas falaram.
Mas muitas coisas mudaram.
As minhas feras conseguiram aquilo que Eu sempre quis e nunca conseguí...
Colocar meus sogros no lugar deles.
Eram boa gente.
Mas o mundo deles e o meu nunca se encontrariam.
A minha esposa sempre quis voar. Sim mim... Ela jamais teria conseguido.
Deus com suas mãos e divindade sempre coloca alguém em nosso caminho para completar o circulo da vida.
Na vida de Angélica fui Eu.
Na minha vida... Quem?
Angélica foi à luz.
Mas minha vida ainda estava incompleta.  
Acompanhei a vida escolar de minhas filhas.
Luna estava se formando.
Meu Deus!
Minha filha com dezessete anos.
A historia se repete com nossos filhos.
Queria fazer medicina.
Na idade dela meu desejo foi ser também médico.
Eu não consegui por circunstancias da vida.
Agora minha filha estava retomando meus sonhos.
Mas queria que ela fizesse por ela e não por mim.
Ouvi - lá falando convicta e decidida.
Pai! Eu sempre quis ser médica.
Já está decido. Voltarei para nossa terra.
Quero estudar no Paraguai.
Estarei perto de minha mãe e protegida. Abençoada!
Fiquei supresso. Mas feliz.
Meu irmão estava lá. Meu pai também...
Uma delas partia para buscar seu lugar no mundo.
Restava-me acatar os desígnios de Deus e rezar para que tudo desse certo.
Minha vida continuou solitária, pois ninguém conseguiu trazer a mesma alegria que Angélica me brindou.
Meu desejo carnal era saciado, mas meu coração e meu espírito não.
A solidão me amargurou a vida.
Minhas filhas foram à força para não desistir.
Ainda sem rumo.
Decido viajar.
Tentando encontrar uma luz.
Fiz o comunicado para Marcela.
Pretendo viajar agora por um bom tempo.
As férias estão chegando e preciso recarregar forças vitais para a minha vida.
Vamos dar um descanso ao guerreiro...
Ricardo Sol
Enviado por Ricardo Sol em 02/12/2020
Alterado em 27/12/2021
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