Ricardo González Rodríguez

Ser escritor es un privilegio de pocos...

Textos

O Guerreiro...Parte 31. Ano de 1979.
Retornei a Ponta Porã em 1978 e comecei uma nova caminada.
Encontrei trabalho com uma rica fazendeira Dona Pepita Coelho.
O trabalho era gostoso e o que era mais importante para mim e que sempre estava limpo.
Isto me agradava demais.
No mato as vezes ficavamos dias sem tomar banho e isso me aborrecia bastante.
Tinha horário para meus afazeres e meu lazer e comecei a recuperar minha auto estima.
Minha vida em Ponta Porã começa a mudar para melhor...
Todas esssa mudanças se deviam a Dona Pepita Coelho que admirada pelos meus dotes físicos e a minha juventude me ajudou a encontrar meu caminho.
A minha juventude e meu vigor do sexo pela grana!!!!
Na realidade retornei ao lugar onde Eu imaginava que devia estar.
A pesar de ser também uma cidade de fronteira ela nos oferecia tudo o que as grandes cidades possiam em menor escala claro!!!
E estavamos perto das grandes cidades da região!!!!  
E assim como cidades maiores tanto do Brasil e como do Paraguai...
As coisas estavam melhorando.
Naquele ano compramos um "carro de luxo" e mesmo que não fosse o nosso fusquinha marronzinho, para nós era como se fosse!!!
Era conhecido em toda a cidade.
Especialmente nas grandes baladas e festas do Tènis Clube, Social Amanbai e das cidades vezinhas...Especialmente Dourados!!!
A vida parecia novamente bela e gostosa de ser vivida.
Mas, Eu buscava e procurava alguma coisa e que não conseguia explicar e entender...
Assim corria a minha vida.
Meu irmão terminando o colegial e partindo para a faculdade.
Odontologia pelo convênio Paraguai - Brasil.
Meu irmão partindo em busca do seu sonho e agora só dependia dele.
Ele estava indo ao encontro do seu objetivo maior.
Tudo estava muito bem para todos.
Meu pai estava se afirmando na empresa que expandia sua capacidade productiva para o Paraguai e Argentina e o mercado Europeo.
Ele estava feliz e isso me deixava tranquilo e também esperançoso por um futuro melhor.
Minha mãe sempre preocupada pelo seus queridos e era como ela gostava de chamarnos...
Ela era muito especial e ficava a maior parte do tempo em casa tomando conta de tudo...Como a grande protectora que ela sempre foi para com todos nós!!!
Aquele dia cheguei cedo e ela estava na cozinha com Francisca a nossa funcionária que ajudava minha mãe nos afazeres da casa e quando me viu...
Foi deixando tudo que estava fazendo e me pergunta se queria um café.
Eu respondi que sim e me sentei na mesa da cozinha e onde eu particularmente adorava sentarme com minha mãe para bater um papo  e degustar do café quente e saboroso...
Se sentou a meu lado e tomando as minhas mãos me disse...
- Filho lhe falta alguma coisa?
Lhe estou vendo muito aprensivo e olhei para minha mãe e pensei por um instante...As mães, todas elas eram intuitivas e percibiam as coisas com uma rara habilidade e eu falei...
Estou com vontade de viajar e gostaria de conhecer São Paulo.
Ela me olhou e falou...Está cidade é pequena demais..Não é meu filho???
Eu respondi seilá!!!!
Eu creio mãe que tem alguma cosa além de aqui para mim e não sei o que é...
Não sei o que é...Voltei a repetir, mas sinto que aqui não é o meu lugar!!!!








Ricardo Sol
Enviado por Ricardo Sol em 30/11/2020
Alterado em 27/12/2021
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