Ricardo González Rodríguez

Ser escritor es un privilegio de pocos...

Textos

O Guerreiro...Mirian e Julian...O reencontro. Parte 27.
Oh meu amor!!!!
Tantas coisas aconteram, mas você está aqui a meu lado, comigo...Sei que tu não ficaras muito tempo mas isso não tem importância.
Agora só você importa o resto deixaremos para outro dia.
Eu quero desfrutar de cada momento e como dizia o poeta "Que seja eterno em quanto dure"...
Olhei para ela e ela era uma mulher muito especial.
Havia nascido para ser uma guerreira.
Quantas mulheres como ela no mundo e para muitos sem nenhum valor.
Mas para mim ela era tudo, era especial...Doce, querida e amada!!!!
Ela me despertou para a realidade e sua pergunta me surprendeu...Em que pensas?
Eu tão distante respondi em nada!!!!
Só pensava no que estava acontecendo com nós.
A reviravolta que havia acontecido em nossas vidas.
A paixão e o amor nos uniram.
Enriqueceu a vida e alegrou o nosso viver.
Entre tantas desiluções, a alegria era imensa, pelo fato de estarmos juntos...Curtindo cada momento como se fosse o último suspiro.
Tantas vezes sonhei com o reencontro e finalmente estávamos juntos...
Sabiamos que deviamos falar, mas iamos adiando para não enfrentar os medos que rondavam a nossas vidas.
Para não despertar suspeitas, ela ia todos os dias na faculdade porque muitos me haviam visto. E sabiamos pela organização que tinha um monte de agentes infiltrados cursando carreiras e dedurando os colegas para o governo e isto era uma ação nojenta, hedionda praticada pelos integrantes da operação Cóndor...
Imaginava quantos já haviam sido denunciados por estes crápulas e que manchavam suas mãos com sangue do seus irmãos, de seus compatriótas.
E me perguntava se esses caras conseguiam ter a conciência tranquila e se conseguiam pegar no sonho. Dormir em paz!!!
Isto me levou a redobrar os cuidados em relação a minha segurança e da Myrian.
Pois nunca podiamos imaginar que as vezes o enemigo e o perigo estão tão perto de nós.
Sem esses cuidados muitas vezes éramos surprendidos e quando acontecia ficávamos arrepentidos por não haver tomados os cuidados pertinentes e ai já era tarde.
O erro já estava compromentendo nosso destino.
Naquele dia após olhar o movimento da rua, me dei conta da presença de duas pessoas suspeitas que pareciam vigiar o predio da Myrian e decidi sair aquela noite para tirar a minha dúvida.
Saímos as oito horas do apartamento e fuimos jantar na Cantina de Dom Pepe...Um espanhol falante que sempre alegrava a noite dos estudantes que se reuniam para beber um bom vinho, ouvir música, namorar e para sonhar com um mundo melhor...
Sim Senhor!!! O melhor vinho que um estudante pobre e duro podia degustar.
Na cantina de Dom Pepe com pouco dinheiro dava para passar um bom momento e esquecer os problemas. Tudo isso por uns trocados...Dom Pepe era nosso rei!!!!
A uns três quarteirões me deteve para amarrar o cadarço do tenis e reparei que éramos seguidos por esse dois homens e apressamos o passo e chegamos a cantina que estava  cheia de estudantes e ali não haveria nenhum problema...Estávamos seguros e protegidos.
As onze e meia no retiramos, pois havia um toque de recolher que se dava a meia noite. Tinhamos o tempo suficiente para chegar com segurança ao apartamento.
Myrian e eu sabiamos que aquela noite seria a última e já não tinhamos dúvida estavam atrás de mim e não poderia arriscar a vida dela.
Ela entendeu e não precisávamos dizer nada.
Ela só perguntou...Quando partes?
Com a voz chorosa e o olhar triste...Segurou a suas lágrimas e nesse momento fui até ela a tomei em meus braços e a segurei com firmeza e tão só atinei a falar...Nunca te esquecerei!!!!
Porque os dois sabíamos qe nunca mais estariamos juntos!!!!
Já de madrugada sai pelos fundos do bloco de apartamentos e dando uma volta imensa para não ser visto e saindo um quarteião a frente de onde estavam os homens que faziam a minha vigilancia e foi ai que entendi mais que nunca que o alvo era Eu...
Me dei conta que era a mim que estavam procurando e isso entendi pelo doce linguajar dos meus ancentrais que os denunciava quando falavam na língua indigena o guarani e porque eles estavam falando de mim...
Minha captura estava prevista para amanhã e ainda não havia sido preso porque estavam esperando reforços e porque me queriam vivo.
Agradeci uma vez mais ao bom Deus e a minha grande sorte e por escapar uma vez mais dos meus perseguidores...




Ricardo Sol
Enviado por Ricardo Sol em 30/11/2020
Alterado em 27/12/2021
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