Ricardo González Rodríguez

Ser escritor es un privilegio de pocos...

Textos

O Guerreiro...A história. Parte 24.
Um homem a quem havia salvado a vida começava  tomar notoriedade entre os novos chefes da fronteira e da contavenção.
E ele teria uma grande influência na minha vida.
Juan José rapidamete pela sua inteligência e bravura começou a se destacar na organização e morando na faixa de fronteira sendo pobre e sem nenhuma possibilidade de estudar, subir ou crescer na vida...Só havia um jeito para quem via de baixo e só se conseguia algum destaque através das malandragens...
Podia ser pela força, pela violência e especialmente pela inteligência que era inata em meu amigo Juan José
Ele era muito esperto e Juan José era uns desses personagens.
Pouco estudado, mas astuto e corajoso.
Seu único medio de subir na vida era assim.
Usando o que tinha nas mãos.
Os que decidiram trilhar este caminho eram bem espertos e como eram!!!!...
Através de estás habilidades conseguiam destaque e aqui na fronteira conviviamos com a violência e a contravenção.
Sempre foi assim por aqui.
Num lugar que a quarenta anos atrás ninguém queria vir e sem a lei presente a força bruta servia para impor vontade e desejos.
Quem conseguia se impor pela força e especialmente pela astúcia conseguia ganhar seu espaço e poder.
Chegava a ser um "Dom"...
Assim foram se formando vários grupos de poder e cada grupo tinha uma área de atuação.
Quando Juan José chegou muitos quiseram eliminá-lo, mas ele sempre conseguia escapar de todas as arapucas que tentaram contra ele.
Era muito temido e quando forçado era cruel e sanguinário.
Conheci o pivete ao chegar a Capitão Bado outra cidade fronteriça e também com particularidades muito especiais.
O lugar onde viveriamos para tentar assim recuperar alguma coisa de aquelas que haviamos perdido...
Estava caminando distraídamente o que em esse paraje esquecido por Deus era um terrível pecado.
De repente a minha pequena sacola sumiu das minhas mãos e quando me dei conta o garoto estava correndo...
Corria e olhava para ver se alguém o perseguia.
Fiquei petrificado por um momento.
Segundos se passaram até decidir o que fazer.
Ali meu cerebro recebe o comando e comecei a correr atás dele e tentando recuperar o que me havia sido furtado.
Recuperado da surpressa e da ação do garoto, gritei para meu irmão Juan Carlos berrando...Fecha a rua que Eu vou por aqui para pegá-lo lá na frente.
Não vendo ninguém no seu encalço e já desfrutando do motím...Se descuida e fica estupidamente surprendido e foi quando apareci puxando a sua orelha...desvencilhou-se de mim e retira uma faca da peixeira que tinha nas costas e como bom e genuino homem de estás bandas e como era costume por aqui...
Pensou que estava me ameaçando e perdendo a paciência le dei um soco tão violento que lhe atingiu o queixo e foi perdendo estabilidade e assim foi parar encima de um saco de feijão...
Recuperei a minha sacola e dei as costas ao pivete e fui embora e foi assim que conheci o garoto Juan José e que anos mais tarde seria o grande maioral da máfia da fronteira.
Independentemente do que ele fazia, sempre fomos amigos.
E o meu conselho para ele sempre foi...Seja discreto.
Não apareça muito. Que assim ninguém lhe nota em especial os federais.
Cuidado com os homens da lei que intentaram lhe prender e os corruptos que intentaram lhe tirar dinheiro. Cuidado!!!!
Este conselho partiu de mim porque agora os federais estavam na fronteira.
Agora que tudo estava resolvido e desbravado o governo queria a sua parte e se fazia presente para abocanhar aquilo que era do estado.
Era outra força que aparecia para dividir o bolo.
Este era feroz e muito perigoso, pois atuava baseado na legalidade e apoiado pela lei do país apoiado pelo exercito que era o guardião da fronteira, os federais, a policia civil e militar...Mais os grupos ilegais que estavam também famintos pelo tesouro!!!!!
Engraçado quarenta anos atrás aqui as coisas se resolviam de outra maneira...A bala!!!!
Mas agora os federais e o exercito se faziam presente e o governo queria uma grande fatia do bolo.
Os que desbravaram a s terras hostis já não serviam. Novos tempos...
Mesmo assim era gostoso viver na fronteira e mesmo no cu do Brasil e do Paraguai.
Tínhamos tudo o que os grandes centros possuíam.
Todos os recursos tecnológicos não faltava nada.
Estávamos bem servidos...Assim era a faixa da fronteira seca e eram 900 kilómetros de área selvagem que estava querendo ser domado e domesticado.


Ricardo Sol
Enviado por Ricardo Sol em 29/11/2020
Alterado em 08/05/2024
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