Ricardo González Rodríguez

Ser escritor es un privilegio de pocos...

Textos

O Guerreiro...Parte 16.
Imediatamete fizemos contato com a resistência...
Nosso vehículo sumiu como por arte de magia e rapidamente fomos induzidos a cruzar a fronteira.
E nos adentramos em solo brasileiro.
Ficamos numa fazenda de uns refugiados políticos e ex combatente das guerras civis que tanto haviam assolado meu país.
Estes novos amigos nos receberam muito bem e talvez pensando em tudo aquilo que eles também haviam passado na guerra fraticida de 46.
O rancho onde ficamos era rústico, mas o almoço que foi servido ao mediodia foi um manjar.
A comida estva deliciosa. Foi para mim um manjar dos Deuses!!!!
Comi com gula, pois realmente estava faminto e a viagem, o nervosismo da fuga...abriu meu apetite e saciei minha fome!!!!
Olhei para minha familia e agradeci a Deus pela benza de que todos estivéssemos juntos.
E a pesar de estar em terra estrangeira... me sentí seguro e pensando em um amanhã promissor para mim e meus seres queridos...
Que eram tão amados por mim e que faria de tudo para protegé-los!!!
E esse cuidado seria a partir de hoje minha missão.
Fomos acomodados em um galpão e vi o sofrimento da minha mãe...
As lágrimas escorrendo pela face marcándo-a como um rio profundo e caudaloso.
Um río que marca as terras que a recebe e acolhe carinhosamente, mas neste caso marcava o sofrimento da minha mãe.
Mas ela quando questionada falava...
-As lágrimas derranadas por mim são um agradecimento as terras brasileiras que nos acolheram com carinho e afeto.
O seu sofrimento era tão degradante para mim que naquele momento senti raiva pela minha impotência.
Por não ser capaz e nem ter recursos para solucionar o problema.
Este sofrimento carreguei comigo por muitos anos e especialmente quando minha mãe faleceu em 1980 aos 46 anos.
O sofrimento dos meus familiares me doia tanto e só pensava que algum dia todo isto seria esquecido e seria diferente.
Não sei por quê mas seria assim!!!!Totalmente diferente.
Mas naquele momento a dor era tão forte que doia como uma ferida aberta.
A tristeza da minha mãe nunca esqueceria...
A partir de aquele instante as lágrimas dela as carreguei como uma cruz.



Ricardo Sol
Enviado por Ricardo Sol em 27/11/2020
Alterado em 27/12/2021
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