Ricardo González Rodríguez

Ser escritor es un privilegio de pocos...

Textos

O Guerreiro...Parte 14.
Depois do ato louco e da loucura me dei conta que não havia nascido para amar tão só uma mulher.
Me dei conta que nenhuma mulher me teria por completo.
Eu era apaixonado pelas mulheres e me convenci que nunca sería de uma mulher só.
Aqueles acontecimentos mudaram a minha vida.
Quando retornei aos estudos algumas coisas tomariam outro rumo.
Estava com alguns receios.
Voltei en janeiro...Passei por Formosa uma pequena cidade na metade do caminho para Corrientes já em território Argentino  e me encontrei com Myrian e viajamos juntos.
Por minha vida juro que não estava me sentindo culpado por nada e nem arrepentido.
Encarei o fato da traição como um fato normal e com a maior naturalidade.
Voltei a ser dela sem remorsos.
Para mim só existia ela e com o tempo me convenci que nada poderia mudar.
O que sentia era especial e ela era agora minha realidade.
Passaram três anos e estavamos em 1975 e a primeira metade do curso estava chegando ao fim e estava próxima...  
A experiência que estava adquirindo me deixava cada vez mais seguro e meu futuro como médico era promissor...
Havia começado a estagiar e formava parte do grupo do professor mais requisitado pelos alunos e pelas turmas.
Todos queriam formar parte e eram poucos os que conseguiam ter esse privilégio.
Eu havia conseguido e aprendi muito lidando com a doença dos menos favorecidos cujos corpos eram utilizados na aprendizagem na formação dos novos médicos ou melhor dos futuros médicos...
Mas surpressivamente naquele ano, em julho fui para casa chamado pelo meu pai.
O chamado do meu velho, do meu pai me tomou de surpressa.
Alguma coisa havia acontecido e seguramente...algo muito grave.
Realmente alguma coisa bem grave havia acontecido para ser chamado as presas.
Cheguei numa quinta feira.
Meu pai me estava esperando no porto e quando desci da balsa ele colocou rápidamente minha maleta no carro e rumamos para casa quinta.
Ali já estavam todos, minha mãe toda chorosa e minha irmã confusa e o Juan Carlos tranquilo sem saber nada de nada e sem dimensionar o que estava acontecendo. Juan Carlos era muito novo para entender o que estava acontecendo...
Meu pai foi logo explicando e determinando...Saímos hoje a meia -noite e chegaremos na fronteira de madrugada.
Iremos com a roupa do corpo porque estamos encrencados...Disse meu progenitor!!!!
- Politica filho!!!!
Amanhã bem cedo começaram a prender as pessoas que nao comulgam com as ideias do governo.
- Eu só atinei a falar...
  O que o senhor decidir está decidido!!!
Meu pai continuo orientando.
E para não despertar suspeitas...Sairemos como faziamos sempre.
Com bastante barulho!!!!.
Uma viagem de lazer que aconstumávamos realizar todos os anos e sem importar data, sem importar nada.
Em nossa comunidade era conhecida como a loucura dos Martínez...


Ricardo Sol
Enviado por Ricardo Sol em 27/11/2020
Alterado em 27/12/2021
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