Foi um lance de sorte.
Estava caminhando pela praia deserta quando de pronto me deparei com ele.
Na minha frente o próprio...
Um golpe de sorte que poderia mudar minha vida.
Olhei para ele sem atrever-me.
Não conseguia fazer qualquer movimento.
Era ele em pessoa e não estava enganada.
O grande escritor na minha frente.
Julian Adolfo Martínez na minha frente.
Como jornalista nao poderia perder a chance.
Mas quando ele passou por mim...fiquei paralizada, não conseguia mover um músculo sequer.
Minha grande oportunidade se havia esfumado.
Ele ia embora e sua imagem se perdia em uma densa fumaça.
Acordei transpirada e confusa, estava começando a ficar transtornada com a ideia, devia superar, pois, se quisesse a reportagem devia buscar caminhos que me levassem até ele.
Mas a pergunta era. - Cómo?
Fazia dois anos que estava formada.
Comecei trabalhando em um pequeno Jornal, JP noticias com uma tiragem de 3000 números semanais e estavamos crescendo.
Eu estava começando a gostar da cidade, dos meus novos amigos e colegas.
Estavamos realizando nossos sonhos.
Pelo menos isso é o que pensávamos.
Eu pessoalmente achava que minha oportunidade estava aqui.
Acreditava que devia começar em um jornal pequeno para depois aventurar-me a desafíos maiores e sentia que minha escolha havia sido a melhor. Era intuitivo, sabia que a escolha estava certa.
Dias antes havia recibido um convite de um empresário para montar com o filho, jornalista também, uma revista que retratasse a cidade e região...Um desafio interessante!!!!
Alguma coisa estava por acontecer e isso no demoraria muito tempo para se fazer presente na minha vida.
A inaguração da revista reuniou na cidade pesonalidades políticas, empresariais, artistas e convidados especiais que prestigiaram o evento. Noticiado também pelos principais canais de televisão do estado e pelos jornais de maior tiragem do país.
Foi naquele momento que a sorte sorriu para mim.
Ali na minha frente, meu furo de reportarem, minha entrevista exclusiva.
Julian Adolfo Martínez!!!! Não estava acreditando!!!!
Olhei para Carlos e cutucando perguntei...Você o conhece?
Ele respondeu, eu não. Mas meu pai é muito amigo dele, vamos procurá-lo...